Entramos em contato com a
Assessoria do Deputado Marcos Vieira, que nos respondeu por e-mail.
José Paulo: O Deputado é favorável à PL n° 0146.7/2015, de
autoria do Deputado Valdir Cobalchini?
Marcos Vieira: Sou favorável aos projetos que façam com que a universidade chegue aos
recantos mais distantes deste nosso Estado.
JP: Os servidores alegam que aprovação do VRV não foi
votada na casa, como forma de pressionar a instituição a concordar com a
mudança proposta pela PL. O que o Deputado tem a dizer sobre a votação do VRV?
Marcos Vieira: A alegação é mentirosa. O reajuste dos servidores está em apreciação
na Comissão de Constituição e Justiça e está dentro dos prazos legais,
determinados pelo Regimento Interno. O reajuste dos servidores não foi votado
ainda por estar em diligência, pois o projeto inicial foi protocolado sem
alguns documentos necessários para a sua avaliação. Em diversas reuniões com a
reitoria, com os servidores, com os sindicalistas, explicamos todo o processo
legislativo. O trabalho dos deputados deve ser respeitado, pois a Assembleia
não é mera carimbadora de projetos. As Comissões existem para analisar os
projetos e debater o que é melhor para a sociedade catarinense, desde que o
projeto seja entregue com todas as documentações necessárias para a sua
análise.
Se a data-base do reajuste já passou,
não é por culpa da Assembleia Legislativa que os servidores ainda não têm o
reajuste.
Pergunto. Por que o projeto não foi
protocolado no início de 2015 na Assembleia? Agora, estão pressionando os
deputados, mas não fizeram o dever de casa.
Como deputado defensor da legalidade,
sou favorável ao reajuste e assim que receber a documentação completa para a
sua análise, vamos avaliar e dar prosseguimento, de acordo com o Regimento
Interno.
JP: O senhor tem algum interesse na implantação de
novos cursos na cidade de Palmitos?
Marcos Vieira: Não só em Palmitos.
A
UDESC foi criada há 50 anos por um visionário chamado Celso Ramos.
Lageano, criou a UDESC para desenvolver o Estado, criou a CELESC para levar
energia aos catarinenses e criou o BESC para financiar estas iniciativas. A
UDESC é uma universidade reconhecida e faz um trabalho fundamental para os
catarinenses, mas não está cumprindo verdadeiramente o seu papel. Então vejamos
alguns dados: 64% dos seus cursos presenciais estão localizados no Litoral do
Estado. O Oeste foi contemplado com campus há apenas 20 anos. E o Meio Oeste,
região que sediou o maior conflito urbano da história do País, a Guerra do
Contestado, e que por isso ainda sofre, pois tem os municípios com menor índice
de IDH de Santa Catarina, ainda não possui uma unidade presencial da UDESC,
mesmo tendo sido feito o seu lançamento em 2011, em Caçador.
A UDESC precisa se voltar às regiões
menos favorecidas do nosso Estado e assim levar empregos e crescimento.
Palmitos é uma pequena cidade do
Extremo Oeste e foi contemplada com um curso de Enfermagem da UDESC, e isso,
por meio de uma Lei Estadual. O município doou para a Universidade toda a
estrutura de prédios, e acolheu alunos e professores. Por uma decisão contrária
a Legislação Estadual, a UDESC transferiu o curso para Chapecó e deixou a
cidade e o extremo Oeste à espera de uma decisão. Estamos há quatro anos
esperando uma decisão da UDESC. Se ela vai instalar algum curso presencial no
município, ou se não tem condições de fazê-lo. O que não podemos mais é ficar
esperando uma resposta.
JP: Qual o posicionamento do Deputado em relação ao
Plano de Cargos e Salários da UDESC?
Marcos
Vieira: Sou favorável aos direitos dos servidores públicos.
Aliás, quando fui secretário de Estado da Administração na primeira gestão do
então governador Luiz Henrique da Silveira, fui o responsável pela formatação e
organização do Plano de Cargos e Salários de todos os servidores da
Administração Pública Estadual. Então, como conhecedor das dificuldades dos
servidores, até porque já fui um servidor público estadual concursado, no
início de minha carreira profissional, analisarei o projeto com toda a atenção
assim que ele chegar ao meu conhecimento.